Os primeiros agricultores do mundo e sua agricultura de corte e queima podem ter desencadeado o aquecimento global.
Uma nova análise dos dados climáticos do núcleo de gelo, evidências arqueológicas e amostras antigas de pólen está sendo usada para sugerir que a agricultura há alguns anos a 7,000 ajudou a travar um processo de resfriamento natural do clima global, possivelmente contribuindo para o clima mais quente visto hoje.
Mas o estudo deve levantar algumas sobrancelhas, dado que havia muito menos pessoas na Terra naquela época e a industrialização - e as usinas a carvão que a acompanham - ainda estava muito longe.
Um estudo foi o trabalho de uma equipe internacional liderada por William Ruddiman, cientista climático da Universidade da Virgínia, que chamou a atenção há doze anos com uma teoria controversa de que os seres humanos alteravam o clima queimando grandes áreas de florestas para abrir caminho para as plantações. e pastagem de gado. Apelidado de "hipótese antropogênica inicial", Ruddiman e seus colegas descobriram que os níveis de dióxido de carbono aumentaram a partir do 7,000 anos atrás, e o metano começou a aumentar o 5,000 anos atrás.
Isso provocou um acalorado debate na época e continua sendo debatido entre alguns cientistas climáticos.
No artigo mais recente, Ruddiman e seus co-autores de instituições nos Estados Unidos e na Europa concluem que essa acumulação de evidências nos últimos anos, particularmente a partir de registros do núcleo de gelo que datam da 11, mostram que um período de resfriamento esperado era interrompido após o advento da agricultura em larga escala. Caso contrário, eles dizem, a Terra teria entrado nos estágios iniciais de uma era glacial natural ou período de glaciação.
"A agricultura precoce ajudou a manter o planeta aquecido", disse Ruddiman em comunicado, sobre o estudo publicado em uma edição recente da revista Reviews of Geophysics, publicada pela American Geophysical Union.