su_note note_color = ”# daf2fd” radius = ”2 ″] TN Nota: Os tecnocratas inventam porque podem. O fato de as pessoas não gostarem do que inventaram não lhes diz respeito absolutamente. É essa mesma mentalidade que alimenta o mantra de usar a ciência para projetar a sociedade da maneira que acharem melhor. [/ su_note]
Novas tecnologias russas, incluindo interceptação de chamadas telefônicas e um aplicativo de reconhecimento facial, provocaram um intenso debate sobre privacidade e monitoramento de dados.
A Infowatch, empresa de segurança de TI com sede em Moscou gerenciada pela empresária Natalya Kasperskaya, se viu em apuros no mês passado após revelar que havia inventado um sistema que as empresas podem usar para interceptar conversas de funcionários por telefone celular.
Empresas fora da Rússia também desenvolveram software de interceptação de chamadas, e a Infowatch já comercializa produtos que monitoram e-mails de funcionários, chaves USB e impressoras.
Mas Kasperskaya diz que ficou surpresa com a tempestade que cercou a inovação do telefone móvel.
“Não estávamos esperando isso. Para nós, era apenas mais um canal de comunicação ”, disse Kasperskaya à AFP em uma entrevista.
As autoridades russas e os membros do público criticaram a invenção como uma violação da lei ou violação da privacidade.
A Infowatch remonta à 1997, quando Kasperskaya e seu então marido, agora divorciado, Eugene Kaspersky foram co-fundadores da empresa de software de segurança Kaspersky Lab, que alcançou o sucesso global.
O objetivo por trás da interceptação de chamadas telefônicas, segundo Kasperskaya, é fornecer às grandes empresas uma ferramenta para evitar vazamentos de informações, incluindo empresas cujo sucesso depende da proteção de segredos corporativos.
O ministro das Comunicações Nikolai Nikiforov disse que uma decisão judicial é necessária para obter permissão para tocar em telefones.
O porta-voz da câmara baixa do parlamento da Rússia, Sergei Naryshkin, disse temer que tais tecnologias possam ser usadas para fins maliciosos.
Diante de objeções das autoridades, a empresa se absteve de projetar um sistema de reconhecimento de voz, mesmo havendo demanda de setores sensíveis, incluindo bancos, indústria de petróleo e grandes empresas públicas.
O monitoramento das comunicações por empresas privadas é um problema em um país onde o obscuro serviço de segurança da KGB monitorava dissidentes e onde o estado deseja manter o controle sobre os dados pessoais dos cidadãos.
O sucessor pós-soviético da KGB, o FSB, há muito usa um sistema sofisticado chamado SORM para realizar comunicações de vigilância por telefone ou pela Internet.
As revelações do denunciante Edward Snowden mostraram que a Agência de Segurança Nacional dos EUA também realiza vigilância em larga escala.
Agora, o grupo de defesa dos direitos humanos Agora disse que nove milhões de russos, incluindo figuras da oposição e ativistas políticos, estão sob vigilância do estado desde a 2007.