Nações em todo o mundo adotaram mais de leis da 1,200 para conter a mudança climática, em comparação com a 60 há duas décadas, o que é um sinal de esforços ampliados para limitar o aumento da temperatura, mostrou um estudo na terça-feira.
“A maioria dos países tem uma base legal sobre a qual ações futuras podem ser construídas”, disse Patricia Espinosa, chefe da mudança climática da ONU, em uma entrevista coletiva via webcast sobre as descobertas divulgadas em um encontro internacional sobre mudança climática em Bonn, Alemanha.
Ela disse que as descobertas são “causa para otimismo”, acrescentando que as leis são um parâmetro para monitorar ações contra o aquecimento global ao lado de outras, como investimento em energia renovável ou apoio a um acordo climático de 2015, ratificado por 144 nações.
O estudo, realizado pela London School of Economics (LSE), analisou leis e políticas executivas nos países 164, variando de cortes nacionais em gases de efeito estufa a restrições nas emissões em setores como transporte, geração de energia ou indústria.
Quarenta e sete leis foram adicionadas desde que os líderes mundiais adotaram um Acordo de Paris para combater a mudança climática no final do 2015, uma desaceleração em relação ao pico anterior de 100 por ano em torno do 2009-13, quando muitas nações desenvolvidas aprovaram leis.
O presidente dos EUA, Donald Trump, duvida que a mudança climática tenha uma causa humana e está considerando desistir do Acordo de Paris, mas a legislação é muitas vezes complicada de desfazer.
“Se você tem esse grande corpo de 1,200 leis, é difícil reverter”, disse Samuel Fankhauser, codiretor do Instituto Grantham de Pesquisa sobre Mudança Climática e Meio Ambiente da LSE, em entrevista coletiva.