Um software que monitora comportamentos suspeitos e bagagens pode eventualmente ser integrado a 40,000 mil câmeras de vigilância em toda a França, disse uma empresa ferroviária na quarta-feira, enquanto o país reforça a segurança após os ataques fatais em Paris no mês passado.
As autoridades de transporte público buscam a tecnologia para prever melhor os sinais de alerta entre os passageiros após os tiroteios e bombardeios que deixaram as pessoas da 130 mortas.
Novo software sendo testado pela estatal francesa SNCF rastreia mudanças na temperatura corporal, vozes elevadas e movimentos bruscos do corpo que podem indicar níveis elevados de ansiedade, disse o secretário-geral da empresa ferroviária, Stephane Volant, à AFP.
“Estamos testando para descobrir o que sinaliza as pessoas com uma intenção negativa, um agressor ou um groper”, disse ele, mas acrescentou que o que também estava sendo verificado é o nível de “aceitabilidade social” desse software.
As câmeras que detectam pacotes deixados sem vigilância por muito tempo também estão sendo avaliadas, disse Volant, acrescentando que os experimentos têm o apoio total da lei.
Outra vertente da estratégia da SNCF foi a possibilidade de equipar sua equipe com câmeras portáteis para identificar desvios de tarifas ou comportamento suspeito e, na primavera, ela lançará um aplicativo que permite aos passageiros disparar um alerta de seus smartphones.
Uma lei também está sendo analisada na França para dar aos agentes de segurança da SNCF poderes para realizar revistas de segurança e revistar a bagagem dos passageiros.
A França instalará portões de segurança nas estações de Paris e Lille para os serviços ferroviários da Thalys na Europa até dezembro de XIX, em uma das várias medidas introduzidas após os ataques de Paris, disse a ministra Segolene Royal na terça-feira.
Um trem Thalys de Amsterdã para Paris foi atacado por um homem fortemente armado em agosto, mas ele foi dominado por passageiros.
O serviço de alta velocidade da Thalys liga Paris a Lille no norte da França, a capital belga, Bruxelas, Amsterdã na Holanda e a cidade alemã de Colônia.
Atualmente, os passageiros que embarcam nesses trens não precisam passar por verificações de segurança, ao contrário dos serviços de trem Eurostar para a Grã-Bretanha, que possuem segurança no estilo de aeroporto.