O chefe do clima da ONU, que está prestes a partir, disse que o pacto de Paris para as mudanças climáticas acordado em dezembro passado pode entrar em vigor dois anos antes da data originalmente planejada de 2020.
Falando antes da cerimônia oficial de assinatura da COP21 na próxima semana em Nova York - que ratificará o acordo para limitar o aquecimento global bem abaixo de 2C acima dos níveis industriais - a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), Christiana Figueres, acredita que um acordo pode ser feito. as cartas.
“Vocês ouviram aqui primeiro - acho que teremos [isso] em vigor em 2018” Figueres disse a uma audiência no Imperial College, dizendo também que esperava que mais de 130 países manifestassem seu apoio ao Acordo que estava para ser celebrado vigorar em 2020.
"Achamos que pode haver mais, mas vamos ver o que acontece no 22 em abril", acrescentou Figueres, que deixará sua posição em julho. Figueres insistiu que Paris era apenas um plano para garantir uma redução global nas emissões de carbono, alertando que aqueles que “ainda investem em alto carbono, perderão dinheiro”.
A cautela do funcionário da ONU para o clima vem na mesma semana que o maior produtor de carvão privado do mundo Peabody Energy Corp entrou com pedido de falência, depois de uma queda drástica nos preços do carvão, não foi possível acomodar as recentes expansões na Austrália.
Plano de energia limpa
As previsões otimistas de Figueres sobre o Acordo de Paris refletem um clima geralmente positivo em torno do futuro da política de mudanças climáticas, impulsionado por uma série de anúncios positivos feitos por governos nacionais e grandes empresas.
No início deste mês, os EUA e a China revelaram que planejavam formalmente aderir ao Acordo de Paris em 2016. Os dois países - responsáveis por 40% das emissões globais - divulgaram um comunicado conjunto concordando em assinar o contrato a fim de dar os 'respectivos passos domésticos' para a aprovação do negócio. Essa notícia foi anunciada ao mesmo tempo que quatro dos maiores gigantes da tecnologia do mundo - Google, Apple, Amazon e Microsoft - avisaram coletivamente que qualquer tentativa de bloquear uma transição de baixo carbono nos Estados Unidos seria 'custosa' tanto para a economia global quanto para o bem-estar humano.
Boa viagem, Christiana!