As visitas aos hospitais aumentaram, as estradas foram fechadas e os vôos foram cancelados na segunda-feira, quando a China se sufocou sob uma vasta nuvem de poluição tóxica, com meteorologistas alertando que o pior ainda estava por vir.
Pelo menos 23 cidades do país mais populoso do mundo emitiram alertas vermelhos para poluição do ar desde sexta-feira, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua.
Uma série de medidas de emergência foram implementadas para proteger a saúde pública do smog, que está sufocando quase um nono de todo o país.
Na noite de segunda-feira - o quarto dia do alerta que está programado para terminar na quarta-feira - a qualidade do ar de Pequim foi melhor do que se temia, com os níveis de PM 2.5 pairando em torno de 200, segundo dados mantidos pela embaixada dos EUA.
O Ministério da Proteção Ambiental afirmou que medidas antipoluição, como fechamento temporário de fábricas e retirada de metade dos carros das ruas, foram responsáveis pelos números acima do esperado, informou a Xinhua no domingo.
Mas o número permaneceu oito vezes o nível máximo diário recomendado da Organização Mundial da Saúde para as partículas microscópicas que carregam grandes riscos à saúde.
E o número relativamente baixo foi apenas um adiamento temporário, disse a autoridade meteorológica de Pequim à AFP, acrescentando que a pior névoa atingiria a cidade na noite de segunda-feira e duraria até terça-feira.
Na vizinha Shijiazhuang, capital da província de Hebei, os níveis de PM 2.5 eram tão altos quanto o 701 ao meio-dia, com níveis de partículas maiores de PM 10 ainda mais altas.
Na cidade portuária de Tianjin, onde as leituras para o PM 2.5 ultrapassaram o 400 no início da manhã, mais de vôos 131 foram cancelados e em torno do 75 atrasaram segunda-feira de manhã, de acordo com a Xinhua.
As rodovias da cidade também foram fechadas.